Discurso do secretário da Cultura do Brasil choca brasileiros ao copiar fala nazista

Discurso do secretário da Cultura do Brasil choca brasileiros ao copiar fala nazista

Roberto Alvim, secretário nacional da Cultura, divulgou, na noite de quinta-feira, um vídeo que sofreu duras críticas de membros de diferentes partidos do Brasil. Nele, Alvim copiava partes do discurso e estética de Joseph Goebbels, ministro de Hitler, responsável pela propaganda da Alemanha nazista.

Nas redes sociais, a repercussão foi imediata e passou mais de um dia nos Trending Topics (assuntos mais comentados) do Twitter no Brasil. A fala do secretário foi criticada pelo presidente do STF (Dias Toffoli), o procurador-geral da República (Augusto Aras), pelo Fernando Haddad (PT), José Amoedo (Novo), Ciro Gomes (PDT), Kim Kataguiri (DEM-SP), Marcelo Freixo (Psol-RJ), entre vários outros políticos.

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Após a polêmica causada pelo vídeo, o presidente Bolsonaro exonerou Alvin de seu cargo na sexta-feira, dia 17, dizendo se tratar de um “pronunciamento infeliz”.

Diversos partidos e movimentos comentaram o ocorrido. O PSL afirmou que é inadmissível que um representante de um país democrático se posicione de forma favorável ao nazismo. Augusto Aras afirmou que ideias nazifascistas destroem democracias. O MBL (Movimento Brasil Livre), que se manifestou através de uma nota, disse repudiar o discurso e pediu que o secretário fosse afastado.

Rodrigo Maia (DEM), classificou o ocorrido como inaceitável. Alexandre Padilha (PT-SP) afirmou que o partido entrará com pedido de indiciamento pelo crime de apologia ao nazismo. Carlos Sampaio (PSDB) comentou que a fala de Alvim foi repugnante e patológica.

Compare o trecho, a seguir, do discurso de Alvim com o de Joseph Goebbels:

“A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada”, (Alvim, fonte: G1)

“A arte alemã da próxima década será heroica, será de um romantismo ferrenho, será objetiva e sem sentimentalismos, será nacional com um grande pathos e será, ao mesmo tempo, igualmente obrigatória e vinculante, ou não será nada.” (Goebbels, fonte: G1)

Quem foi Joseph Goebbels

Goebbels foi um político nazista alemão, conhecido, principalmente, por ser o ministro da Propaganda de Hitler. Ele foi responsável pela criação das estratégias de lavagem cerebral, durante o nazismo, que eram aplicadas em todas as mídias: cinema, rádio, teatro, imprensa, música, entre outras.

Ao mesmo tempo, tinha enormes poderes de censura que sempre colocava em prática. Qualquer meio que transmitisse ideias antinazistas ou minimamente perigosas ao regime eram censuradas.

Ele também foi o nome por trás da queima de livros de dois dias, ocorrida em 8 de maio de 1933. Foram destruídas obras que o regime considerava impróprias. Entre essas obras, estavam autores judeus, pacifistas, clássicos, e de várias vertentes políticas diferentes do nazismo.

Fonte: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2020/01/17/amoedo-haddad-e-outros-politicos-criticam-fala-nazista-de-roberto-alvim.htm

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/01/17/fogueiras-de-livros-e-lavagem-cerebral-quem-foi-goebbels-ministro-de-hitler-parafraseado-por-secretario-de-bolsonaro.ghtml