Pesquisa pode ter descoberto que o novo coronavírus não se originou em Wuhan
Desde o início das investigações sobre o novo coronavírus, acreditava-se que ele havia se originado em um mercado de frutos do mar em Wuhan, província de Hubei (China). Como no local acontecia a venda ilegal de variadas espécies, imaginava-se que algum animal selvagem, infectado com o vírus, teria o transmitido para o ser humano.
Recentemente, achava-se que o animal transmissor era a espécie pangolim, que possui alta compatibilidade com o novo vírus. No entanto, pesquisadores que fizeram um estudo genético, publicado esta semana, parecem ter descoberto que o local de origem da doença não foi Wuhan.
A pesquisa foi publicada no site do Jardim Botânico Tropical de Xishuangbanna da Academia Chinesa de Ciências, em conjunto com vários cientistas chineses. Nela foram analisados dados genéticos de 93 amostras de vírus de 12 países. Os resultados do estudo revelaram que o vírus pode ter vindo de outro(s) lugar(es) para o mercado em Wuhan, e a partir dele se espalhado pela China.
Além disso, os pesquisadores acreditam que o vírus se espalhou amplamente em dois momentos diferentes: 8 de dezembro e 6 de janeiro. Segundo os dados, a transmissão de humano para humano pode ter começado já no início de dezembro ou até mesmo no fim de novembro.
Se o vírus não veio de Wuhan, de onde ele teria vindo? Ainda não há muitas informações sobre essa nova pesquisa, mas ela pode trazer mais problemas para a China e para o mundo. Pois, é de extrema importância que a origem exata do vírus seja descoberta, e também “quando” e “como”, ele passou a infectar os seres humanos.
Na pesquisa publicada, os autores acreditam que se informações sobre o vírus já tivessem sido transmitidas em janeiro, isso teria limitado a disseminação mundial da infecção.