Queimadas na Austrália: brasileiro relata como tem sido viver no país
Marcos Guimarães é um brasileiro de 32 anos de idade, que vive há mais de dois anos em Sydney (Austrália). Em uma entrevista dada para o G1, ele relatou como está sendo viver na Austrália, em meio as devastadoras queimadas.
De acordo com Guimarães, há tanta fumaça na cidade, que ele passou uma semana inteira sem conseguir enxergar o céu. Além disso, ele falou que a fumaça tem sido um fator determinante, ao decidir se deve ou não sair de casa. E, é assim que os moradores de Sydney têm vivido atualmente.
Esta temporada de incêndios na Austrália tem sido uma das piores já enfrentadas pelo país, e, segundo especialistas, ela ainda irá piorar. Os incêndios constantes ocorrem devido às temperaturas recordes e a seca extrema que assolam a Austrália.
O governo do estado de New South Wales, onde Sydney está localizada, declarou situação de emergência. Diversas casas tiveram que ser evacuadas, e os problemas respiratórios aumentam a cada dia. A perda ambiental já é incalculável, com a morte de um terço da população de coalas da região. Estima-se que as perdas de vida animal já somam cerca de 480 milhões, e isso apenas no estado de New South Wales.
O desastre também está afetando os negócios. Guimarães, que trabalha como representante comercial de uma startup brasileira na Austrália, disse que as vendas de seu produto (polpas de frutas) estão em queda. O brasileiro teme o alastramento dos incêndios, e a falta de informações sobre evacuações, caso as chamas cheguem até a cidade.
De acordo com o jornal The Guardian, já foram cerca de 10,7 milhões de hectares queimados. Também foram constatados 24 mortos e dezenas de desaparecidos.
Os cientistas afirmam que, devido ao aquecimento global, o planeta se tornará cada vez mais quente, e as elevadas temperaturas na Austrália só irão se agravar, assim como no restante do mundo.